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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Propostas de Redação - PAS e Vestibular

PAS II e III

Proposta de redação do PAS (UnB) 3ª etapa, subprograma 2010.

Textos de apoio: http://www.professormarcao.com.br/index.php/pas-unb?download=252:prova-3-etapa-pas-unb-subprograma-2010

O homem é um animal social por natureza e vem criando, ao longo dos tempos, diferentes formas de comunicação, que evoluíram da fumaça à pena, do papel à nuvem e que objetivam ou eternizá-lo ou colocá-lo em contato com outros seres humanos, a exemplo do que expressam os textos motivadores acima. A respeito desse assunto, redija um texto dissertativo-argumentativo que trate das formas atualmente utilizadas pelas pessoas para se comunicarem.

PAS I

A proposta é a mesma, no entanto, vocês terão mais liberdade para criar o texto, que deve ser argumentativo e escrito em prosa, mas não necessariamente dissertativo.

Pré-vestibular


Atente para a seguinte situação:

Um menino de dez ou onze anos, quase maltrapilho, atravessa uma movimentada praça da cidade carregando nos ombros uma grande caixa de isopor, cheia de picolés. Tropeça, cai e todos os picolés se espalham pelo chão. O garoto não sabe o que fazer: outros meninos chegam correndo para se apossar
dos sorvetes, mas um policial, um padre e um motoboy que iam passando intervêm.

Escreva uma redação na qual você desenvolverá a cena em que ocorre a intervenção. Ao narrar, mostre como agem e o que dizem as várias personagens envolvidas, bem como o que acaba resultando dessa
intervenção.

Fonte: http://www.puc-campinas.edu.br/midia/arquivos/2012/out/vestibular---caderno-de-redacoes-2012.pdf


OUTRA PROPOSTA
(válida tanto para o pré-vestibular quanto para o PAS)
Fonte: http://noticias.cefet-rj.br/wp-content/uploads/2012/09/2%C2%AA-fase.pdf


Redija, agora, um texto dissertativo-argumentativo que reflita criticamente sobre o seguinte tema:
CYBERBULLYING E JUVENTUDE: MERA BRINCADEIRA OU PERVERSIDADE VIRTUAL?


Textos de apoio (clique em Mais informações):


CYBERBULLYING: A VIOLÊNCIA VIRTUAL
Beatriz Santomauro

Todo mundo que convive com crianças e jovens sabe como eles são capazes de praticar pequenas e grandes perversões. Debocham uns dos outros, criam os apelidos mais estranhos, reparam nas mínimas “imperfeições” – e não perdoam nada. Na escola, isso é bastante comum. Implicância, discriminação e agressões verbais e físicas são muito mais frequentes do que o desejado. Esse comportamento não é novo, mas a maneira como os pesquisadores, médicos e professores o encaram vem mudando. Há cerca de 15 anos, essas provocações passaram a ser vistas como forma de violência e ganharam nome: bullying (palavra do inglês que pode ser traduzida como “intimidar” ou “amedrontar”). Sua principal característica é que a agressão (física, moral ou material) é sempre intencional e repetida várias vezes sem uma motivação específica. Mais recentemente, a tecnologia deu nova cara ao problema. E-mails ameaçadores, mensagens negativas em sites de relacionamento e torpedos com fotos e textos constrangedores para a vítima foram batizados de cyberbullying. Aqui, no Brasil, vem aumentando rapidamente o número de casos de violência desse tipo. (...)


Mesmo quando a agressão é virtual, o estrago é real

O cyberbullying é um problema crescente justamente porque os jovens usam cada vez mais a tecnologia – até para conceder entrevistas, como fez Ana [nome fictício], 13 anos, que contou sua história para esta reportagem via MSN (programa de troca de mensagens instantâneas). Ela já era perseguida na escola – e passou a ser acuada, prisioneira de seus agressores via internet. Hoje, vive com medo e deixou de adicionar “amigos” em seu perfil no Orkut. Além disso, restringiu o acesso ao MSN. Mesmo assim, o tormento continua. As meninas de sua sala enviam mensagens depreciativas, com apelidos maldosos e recados humilhantes, para amigos comuns. Os qualificativos mais leves são “nojenta, nerd e lésbica”. Outros textos dizem: “Você deveria parar de falar com aquela piranha” e “A emo já mudou sua cabeça, hein? Vá pro inferno”. Ana, é claro, fica arrasada. “Uso preto, ouço rock e pinto o cabelo. Curto coisas diferentes e falo de outros assuntos. Por isso, não me aceitam.” A escola e a família da garota têm se reunido com alunos e pais para tentar resolver a situação – por enquanto, sem sucesso.


Pesquisa da Fundação Telefônica no estado de São Paulo em 2008 apontou que 68% dos adolescentes ficam online pelo menos uma hora por dia durante a semana. Outro levantamento, feito pela ComScore este ano, revela que os jovens com mais de 15 anos acessam os blogs e as redes sociais 46,7 vezes ao mês (a média mundial é de 27 vezes por semana). Marcelo Coutinho, especialista no tema e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), diz que esses estudantes não percebem as armadilhas dos relacionamentos digitais. “Para eles, é tudo real, como se fosse do jeito tradicional, tanto para fazer amigos como para
comprar, aprender ou combinar um passeio.”

No cinema, essa overdose de tecnologia foi retratada em As melhores Coisas do Mundo, de Laís Bodanzky. A fita conta a história de dois irmãos que passam por mudanças no relacionamento com os pais e colegas. Boa parte da trama ocorre num colégio particular em que os dois adolescentes estudam. O cyberbullying é mostrado de duas formas: uma das personagens mantém um blog com fofocas e há ainda a troca de mensagens comprometedoras pelo celular. A foto de uma aluna numa pose sensual começa a circular sem sua autorização.

Na vida real, Antonio [nome fictício], 12 anos, também foi vítima de agressões pelo celular. Há dois meses, ele recebe mensagens de meninas, como “Ou você fica comigo ou espalho pra todo mundo que você gosta de homem”. Os amigos o pressionam para ceder ao assédio e, como diz a coordenadora pedagógica, além de lidar com as provocações das meninas, ele tem de se justificar com os outros garotos.

(Revista NOVA ESCOLA. Junho/julho, 2010)


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